Dia 663
Para este dia, tínhamos uma longa viagem pela frente até à povoação de San Isidro de El General. Antes de partimos, ainda aproveitámos a parte da manhã e voltámos até à praia “Cocalito” para fazer um pouco de praia. O dia estava espetacular e a água quentinha, nem dava vontade de sair, tão pouco de fazer uma viagem de carro. Por volta das 12h00, voltámos para o alojamento para tomar banho, arrumar tudo e almoçar. Às 13h00, já estávamos a caminho de San Isidro. Tivemos de fazer o caminho inverso até à cidade de Palmar Norte. Quando já estávamos mais próximos do nosso destino, começou a chover imenso, parecia um dilúvio. Como não sabíamos se íamos conseguir chegar a San Isidro, não tínhamos reservado nenhum alojamento. Depois de várias voltas, lá encontrámos um sítio para passar a noite. O problema é que para estacionar o carro dentro da propriedade, tínhamos de passar num caminho muito íngreme e estreito, com uma espécie de carril para o carro ter mais tração. Depois de voltarmos das compras e com a chuva toda, o João conseguiu meter o carro fora desse carril e mesmo com a tração às 4 rodas ligada, o carro ficou preso na terra. Para juntar à festa, estava a chover outra vez e tivemos de sair do carro para tentar colocar pedras debaixo das rodas. Felizmente, depois de alguma insistência, conseguimos tirar dali o carro. O dia ainda não tinha acabado, quando íamos dormir, encontrámos imensas formigas com ovos dentro da fronha da almofada. Depois de nos desfazermos das formigas, conseguimos finalmente dormir.
Dia 664
Através do proprietário do alojamento, descobrimos que os camionistas estavam em greve. A greve já tinha começado a alguns dias atrás, mas como estávamos no paraíso, não sabíamos. Quando acordámos, reparámos na bela paisagem que rodeava a casa. Depois de tomarmos o pequeno almoço e de falarmos com os nossos pais por telefone, seguimos em direção ao nosso destino, Puerto Viejo. A viagem começou logo com trânsito, mal chegámos à cidade de San Isidro de El General estava tudo parado. Depois de 30 minutos, conseguimos seguir viagem. Parámos em Cartago para almoçar e só parámos outra vez em Limón, por causa da greve. Felizmente o trânsito estava aberto no sentido que nós íamos, por isso não demorámos quase nada. Chegámos a Cahuita, a povoação onde íamos ficar, pouco passava das 16h00. Depois de fazermos o “check-in”, fomos dar um pequeno passeio até à zona da praia. Como estávamos cansados da viagem, fomos comprar algo para o jantar e dormir.
Dia 665
Depois de uma noite bem dormida, acordámos cedo para visitar o Parque Nacional Cahuita. Quer dizer, isso era o que nós queríamos, quando estávamos para sair do alojamento começou a chover. Tivemos de esperar um pouco e depois de uma hora, por volta das 08h30, saímos em direção ao Parque. Este Parque tem a particularidade de não se pagar entrada, sim ouviram bem NÃO SE PAGA ?, apenas é pedido uma doação (sugestão 5 dólares). Como íamos fazer o passeio sem guia, tínhamos de ir com os olhos bem abertos. Conseguimos ver os seguintes animais: martim-pescador, esquilos, rã venenosa verde e preta, macaco “ahulhador” com crias, preguiça de três dedos (bebe), preguiça de três dedos; 2 guaxinins na árvore, família de coatis, macaco “cariblanca”…
Ver as preguiças sem a ajuda de um guia, foi uma vitória ?. Nós decidimos percorrer o Parque todo, desde a entrada em Cahuita até Puerto Vargas, cerca de 9 km. Depois de vermos todos estes animais, aproveitámos e fizemos também um pouco de praia. Quando estávamos quase a acabar o passeio, começou a chover. Por fim, tivemos de esperar 20 minutos pelo autocarro de volta a Cahuita. Como choveu o resto do dia, ficámos pelo alojamento a atualizar o website.
Dia 666
Decidimos visitar a localidade de Puerto Viejo e as praias em seu redor. Antes de irmos ver as praias, às 09h30 fomos visitar o Centro de resgate “Jaguar Rescue Center”, pelo qual pagámos 12000 CRC. Este é um centro que acolhe animais resgatados, feridos pelos humanos, que tiveram acidentes com postes de eletricidades e o objetivo é devolvê-los ao seu habitat natural. Ficámos muito contentes por perceber o funcionamento e os princípios desta instituição. Ainda podemos ver alguns animais que ainda não tínhamos visto na natureza, como crias de preguiças de dois dedos e várias serpentes. Aprendemos bastante sobre a história e comportamento de alguns animais resgatados. Também ficámos a saber que a preguiça de 2 dedos tem um período de gestação de 11 meses e a preguiça de 3 dedos de 6 meses. A visita ao centro teve a duração de cerca de 1h30 e gostámos bastante. Achamos que este é daqueles centros que se preocupam mesmo com o bem-estar dos animais e na sua recuperação. Quando terminámos a visita e como já estava na hora de almoço, voltámos para Puerto Viejo. Fomos almoçar ao restaurante “Soda Riquíssimo”, onde comemos frango e carne de vaca com molho caribenho. Depois de almoço, fomos então conhecer um pouco as praias do Caribe. Começámos por visitar a praia de Manzanillo, onde tem um barco encalhado. A seguir, fomos até à praia Punta Uva, onde aproveitámos para dar uns mergulhos. No caminho para Puerto Viejo, parámos na praia Chiquita, mas por pouco tempo. Quando chegámos a Puerto Viejo, aproveitámos para ficar na praia negra. Ficámos até à hora do pôr do sol, vimos pessoas a ter aulas de surf, afundámos os pés na areia negra e mergulhámos nas águas quentes. Voltámos então para Cahuita, fomos fazer o jantar e depois descansámos, pois o dia seguinte iria ser longo.